Além das magistrais atuações de Fernanda Torres e Selton Mello, "Ainda estou aqui" conta com uma grata revelação. Uma não. Duas. O papel de Pimpão, o pet da família retratada no longa do cineasta Walter Salles, é interpretado pelos cães Suri e Ozzi, que chegaram a emocionar astros como Sean Penn.
O ator escreveu uma mensagem elogiando a entrega de Selton ao personagem, que é sequestrado e morto pela ditadura militar. Nela, ele especifica ao ator o momento em que foi arrebatado pela história. "Ele me disse que assim que Rubens surgiu na tela aceitando o cachorro, ele se encantou imediatamente", contou Selton ao postar uma foto ao lado de Penn.
No longa, é o engenheiro e ex-deputado quem dá nome ao cachorro da família, que se torna um companheiro de Marcelo Rubens Paiva, interpretado por Guilherme Silveira. Pimpão ainda brilha numa das principais cenas de Fernanda Torres no longa.
Pimpão foi dividido por Suri e Ozzi, dois cãezinhos da raça inglesa Jack Russell. A dupla se revezou sob o comando de Incoelum, experiente especialista em pets para arte e responsável por muitos animais que já estrelaram filmes e novelas.
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Os bichinhos ensaiaram durante quatro semanas para se habituar aos novos "donos" e parceiros de trabalho. A ideia de ter um cão em cena surgiu do próprio diretor, que telefonou pessoalmente para Incoelum. A especialista aceitou de pronto e comemorou: "Aos 67 anos, realizar um projeto como esse que vai chegar ao Oscar... Eu creio!".
O curioso é que na vida real da família Paiva este cão não existiu. Na realidade, não havia um pet de estimação, mas um gato que sempre aparecia no escritório de Rubens. Desde que ele foi levado pelo exército, no dia 22 de janeiro de 1971, sendo torturado e morto pela ditadura, o gato nunca mais apareceu na casa do engenheiro.
Suri e Ozzi pertencem à raça Jack Russel, originária da Inglaterra e desenvolvida na metade do século 19 pelo Reverendo John Russel, que buscava um animal imbatível na caça à raposa. O cão vive em média entre 13 e 16 anos, pode pesar até 8 kg e chegar a 30 cm, e custa até R$ 9 mil.
Assim como os brasileirinhos, outros cães da mesma raça já fizeram sucesso no cinema mundial, como Milo, o fiel companheiro do Máskara, no filme homônimo, interpretado pelo doguinho Max, e Uggie, que ficou famoso ao estrelar "O artista", filme ganhador do Oscar em 2011. Tomara que Pimpão traga a mesma sorte!
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